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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Nota de Agradecimento

        O partido socialismo e liberdade vem por meio desta, agradecer a população alcantarense pela votação obtida e pelo o apoio concedido em toda a nossa campanha.Os 948 votos da nossa candidatura, representam a juventude desfavorecida, que luta para se inserir e manter-se em curso superior, aqueles que batalham na busca de oportunidades de emprego, inexistentes no municipio e a pessoas que estão cansadas da velha política de Alcântaras que passa de família em família, enquanto isso a grande parte da população vive privada de direitos básicos como água, saúde e educação de qualidade, um transporte público mais seguro e estradas pavimentadas.
        Reafirmamos nossas bandeiras de lutas e sonhos, o PSOL em todo o Brasil só aumentou, estamos em constante ascensão, dobramos a votação ao cargo de presidente e tivemos um aumento significativo nas bancadas estaduais, tínhamos 6 deputados agora seremos 12, e federais, quando éramos 3 e passaremos ter 5 parlamentares. No Ceará conseguimos eleger o Deputado Estadual Renato Roseno, que será oposição na Assembleia Legislativa e vai nos representar levando todas as nossas bandeiras e sonhos para o Poder Legislativo cearense.
            Em Alcântaras o PSOL assume após a importante votação levar ao debate municipal pautas importantes que atualmente são deixadas de lado. Queremos dizer que apesar das dificuldades enfretadas nas eleições, onde os candidatos dos políticos reacionários alcantarenses possuem apoios financeiros e cobertura da mídia, nós do PSOL preferimos ficar do lado do povo, fazendo campanhas corpo a corpo, com conversas, ouvindo o que cada um tem a dizer e construindo cada pauta com a ajuda do eleitor.É claro que sempre queremos vencer as eleições, estávamos trabalhando para vencer, sabendo das enormes dificuldades e enormes discrepâncias do poder econômico, da cobertura da mídia e das demais falcatruas que utilizam para nos boicotar. Mas ficamos muito felizes com a votação, achamos que foi uma votação extraordinária. Imaginar centenas de pessoas saindo de casa para votar no 50.000 é sem dúvida nenhuma uma ideia muito grandiosa, porque essas pessoas não tiveram nenhum incentivo por parte da mídia, nenhuma vantagem econômica ou promessa de empregos e cargos.
                      Seguimos juntos nas lutas. E convidamos você a vir conhecer o PSOL.

Em breve, marcaremos Plenárias de Apresentação e publicaremos em nossa página para que você possa participar!  


Abraços fraternos!
Partido Socialismo e Liberdade-PSOL  Alcântaras
 



terça-feira, 1 de abril de 2014

O LEGISLATIVO, SEUS INTERESSES E O POVO A SER REPRESENTADO!




O Vereador e a sua função Legislativa

O vereador é o membro do Poder Legislativo do município. Nessa condição, ele desempenha, como funções típicas, as tarefas de legislar e de exercer o controle externo do Poder Executivo, isto é, da Prefeitura. A função legislativa consiste em elaborar, apreciar, alterar ou revogar as leis de interesse para a vida do município. Essas leis podem ter origem na própria Câmara ou resultar de projetos de iniciativa do Prefeito, ou da própria sociedade, através da iniciativa popular. A função fiscalizadora está relacionada com o controle parlamentar, isto é, a atividade que o Poder Legislativo exerce para fiscalizar o Executivo e a burocracia. O controle parlamentar diz respeito ao acompanhamento, por parte do Legislativo, da implementação das decisões tomadas no âmbito do governo e da administração. Como funções atípicas, a Câmara tem também competência administrativa e judiciária. Na sua função administrativa, a Câmara gerencia seu próprio orçamento, seu patrimônio e seu pessoal. A Câmara também exerce uma função administrativa quando organiza seus serviços, como a composição da Mesa Diretora, a organização e o funcionamento das Comissões, etc. Quanto  a  função judiciária , cabe a ela processar e julgar o Prefeito por crime de responsabilidade, além de julgar os próprios Vereadores, inclusive o Presidente da Câmara, em caso de irregularidades, desvios éticos ou falta de decoro parlamentar. A função de controle da Câmara de Vereadores está prevista na Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, no seu art. 31:
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de
controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§1º – O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o
auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.


E em Alcântaras,  como tem se dado a atuação dos nossos parlamentares? Ao acompanhar permanentemente as sessões do legislativo municipal percebemos que aqueles que se definem como base aliada do prefeito se limitam a defender os atos do gestor municipal, e a apresentar projetos de indicação, que em alguns casos, que por sinal, são raros, estes são atendidos, mas tão somente para aqueles que comprovadamente são da base aliada. No quesito fiscalização da gestão municipal a base aliada se limita tão somente a elogiar a gestão municipal, chegando em alguns casos a provocar sérias discussões com aqueles que fazem oposição que diga-se de passagem, fazem oposição muito timidamente. 
Como oposição, aqueles que assim se definem desempenham um papel ainda de pequeníssima produtividade para o município, pois no seu conjunto, seu trabalho se limita a fazer acusações entre seus pares, assim como ao prefeito municipal, condenando até mesmos atos que quando estes estavam fazendo parte da base de governo em gestões anteriores eram cumplices daquilo que hoje definem como equívocos. Assim uma coisa parece muito claro; a disputa se resume somente a ocupação das regalias que o poder econômico e político proporciona.
Para citar apenas alguns casos, Basta lembrarmos que temos algumas unidades habitacionais do (PMCMV) Programa Minha Casa Minha Vida, em execução na nossa cidade, que muitos daqueles que serão beneficiados com tal projeto vivem diariamente reclamando da morosidade no processo executivo e na qualidade da edificação. Vários postos de Saúde no município estão em reforma, o que se Vê nas placas de identificação das obras é que o prazo de execução já expirou e as obras ainda não foram concluídas, sem falar na qualidade do processo executivo. 
Existe alguma comissão da Câmara acompanhado isso?
Alguém sabe como e com que é gasto as receitas da Câmara municipal e como é feita a prestação de  contas desses recursos?
Alguma comissão ou vereador nem que seja isoladamente já procurou os estudantes para conferirem junto a estes como é tratada as nossas escolas, os nossos alunos, o transporte escolar?
Quanto aos gastos dos recursos do FUNDEB, como os vereadores tem fiscalizados?
Pelo que nós sabemos nada se tem adiantada nesses aspectos, para não citar muitos outros.
Mas um fato um tanto interessante tem sido a disputa pela cadeira de presidente do Legislativo Municipal. O que vemos são acordos para a disputa do pleito, a presidência que até então estava nas mãos do vereador Manoel Albuquerque (PROS), está sendo ameaçada por uma chapa liderada pela a vereadora Cleuvilândia (PT), que mesmo sendo da base aliada do atual presidente, esta puxando uma chapa com a dita oposição da cidade e com o vereador Régis do Bonfim (PMDB). A confusão gerada na última sessão levou o cancelamento da mesma, mas a  agitação do legislativo municipal continuo com parte dos vereadores na  rádio comunitária , que também  protagonizaram discussões pelas ruas da cidade, o clima ficou tenso, não hesitaram o uso de palavras de baixo calão..
Vale lembrar também que num passado recente os maiores embates naquela casa eram protagonizados pela vereadora Cleuvilândia e os vereadores Antônio Marcos e Zé Maurício. Agora, em nome da presidência as divergências acabaram. E o povo como fica nessa situação? Será que mais uma vez a população vai ficar como mero expectador? 
São perceptíveis as artimanhas e jogos políticos visando apenas status e interesses individuais, ficou mais que provado que o povo alcantarense não é e nem será tratado com prioridade pelo legislativo do município, dentro dessa conjuntura política atual. Vemos o espaço que deveria ser destinado para a defesa de causas populares e essenciais a população, sendo usado apenas para alimentar picuinhas e discussões que não trazem nenhum acréscimo para a melhoria de vida dos alcantarenses.
Isso mostra também que ambos os lados que aí se encontram fazem parte de uma mesma forma de fazer política, vejam que não há nenhum problema para eles estarem do lado de fulano ou cicrano, que outrora não fazem parte de sua mesma ideologia, buscam a todo custo uma zona de conforto para eles e esquecem todas as problemáticas sociais. Tá na hora de todo o povo dar um basta nesse sistema tão "anti-povo" e assim começar a participar pela construção de uma nova política onde o povo possa se sentir representado. Se assim é, é por que teve o apoio do povo, portanto se faz necessário o povo repensar a sua forma de participar da política!
Portanto o Partido Socialismo e liberdade vem por meio desta repudiar e demonstrar total insatisfação e contrariedade a essa forma de fazer politica e assim se coloca como instrumento de luta  e de combate as essas ações de desrespeito e descompromisso para com o povo alcantarense .


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

GOVERNO MUNICIPAL DE ALCÂNTARAS ESTÁ SE LIXANDO PARA A JUVENTUDE

Que a juventude alcantarense, sofre com a falta de políticas públicas, isto não é novidade. De fato a falta de perspectiva, de apoio à cultura, ao esporte e à fixação dos nossos jovens na cidade ainda são problemas pertinentes. O que podemos ainda destacar é que até pouco tempo, mesmo que de forma tímida, estorou algumas construção de quadras esportivas em distritos e povoados específicos. E ultimamente o que observamos é o abandono e total descaso com essas construções, podemos citar como exemplo a quadra do Sítio Silva, que ainda está inacabada depois de tanto tempo do início das obras e sem deixar de comentar do espaço esportivo do Distrito de Ventura, onde resta apenas o piso, que está esburacado e sem manutenção há muito e muito tempo.

Nos últimos dias, visando à sensibilização do poder público, os jovens do Distrito de Ventura elaboraram um vídeo que foi publicado em redes sociais e por incrível que pareça, mesmo com todos os que se dizem representantes do povo estarem conectados a esta tecnologia, nenhum deles tomara qualquer posicionamento até o momento. Logo, isso não causa nenhuma admiração, pois aqui em Alcântaras quando o assunto é o povo se fazem de surdos e mudos. Mas é só esperar o período eleitoral que conseguem enxergar a todos e tentar, de alguma forma, angariar seus votos iludindo-os com mil promessas.

Até quando os alcantarenses irão deixar que fatos como esses se tornem rotina na realidade do município? Os ditos REPRESENTANTES fazem o que querem na cidade e a população permanece calada. Como pode uma administração que se diz ao lado povo, deixar que locais públicos como a quadra de Ventura chegue ao estado que se encontra? E estes permaneçam de mãos cruzadas. É válido destacar que os Jovens desse distrito ainda se arriscam em carros paus-de-arara para chegar até as escolas da sede. E esta situação, por que ainda não foi regularizada? Já que foi alegado anteriormente que a estrutura da estrada era o grande empecilho, mas e agora? Mesmo com o revestimento de asfalto, a alteração do transporte não foi feita. E barras de proteção porque ainda não foram instaladas?

Tá na hora do Governo Municipal fazer alguma coisa pelo o Povo da Ventura! Os jovens estão simplesmente jogados a suas próprias sorte. Quando a juventude será olhada por esses Administradores, que assumiram o compromisso com todo o povo alcantarense?


Observando toda a juventude de Alcântaras, conclui-se que esta é extremamente ociosa, devido à falta de mecanismos de lazer, estudos, diversão e centros culturais. Vê se que nossos jovens têm grande potencial de desbravarem por caminhos sem volta como as drogas, crimes e terem um futuro incerto, sem qualificação, obrigando-se a sair de Alcântaras, pois a falta de investimentos e atenção à Juventude na terra de João Capistrano é enorme, e a exclusão é gritante, o Governo Municipal é e será o grande culpado da marginalização da juventude. Com isso várias alternativas devem ser pensadas, os homens do poder devem estar preocupados com isso, mas pelo visto não dão a mínima para a juventude, só os olham na época das Eleições, isso é fato. Então a Juventude precisa dar o troco nesses políticos que não movem uma palha a favor da classe e, claro, não ficar calados.

A Juventude do Distrito de Ventura está fazendo a parte dela, cabe agora os Administradores mostrarem o porque que foram eleitos! Os jovens precisam estar presentes no cenário social, e receber a atenção e respeito que merecem. Podem ser pensadas várias alternativas e projetos, basta a vontade dos gestores públicos que a nossa juventude sairá do nada, para se fazerem protagonistas do bem em nossa cidade.
Te desafiamos gestores públicos, ascendam a Juventude!


terça-feira, 22 de outubro de 2013

POLÍTICA FISIOLÓGICA CAPITALISTA E O POVO CADA VEZ MAIS LONGE DA PAUTA POLÍTICA

O que explica a mudança de Partido dos "famosos políticos" fisiologistas do Brasil? Será que eles não possuem uma ideologia firmada?
Como eles veem a função do Partido Político? Essas são umas das diversas perguntas que ficam na cabeça das pessoas com esse troca-troca de partidos, protagonizado pelos os que se dizem representantes do povo. Contudo, qual seria o real motivo disso?
A explicação só pode ser uma: ELEIÇÃO A QUALQUER PARA ATENDER OS PRÓPRIOS INTERESSES. Isso mesmo, esses políticos só estão de olho nas Eleições do ano que vem e manter as estruturas de poder que lhes rendem alguns privilégios. Nada mais. 

O Povo, por sua vez, não está visado nesses trâmites politiqueiros. A exemplo disso, pode se destacar O PROS (Partido Republicano da Ordem Social - 90) ,Fundado por Eurípedes Macedo Júnior, que possui orientação evangélica, entre os incentivadores do novo partido está o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que foi condenado pelo STF por estar envolvido no mensalão do PT. Contudo, este é o partido escolhido pelos políticos que estavam abrigados no PSB – 40 do Ceará, inclusive o atual prefeito de Alcântaras e sua base aliada que se filiaram ao PROS, simplesmente pelo o vinculo mantido com o Governador do Ceará, Cid Gomes, que demonstra claramente que sua filiação ao PROS se trata apenas de uma maneira de manter-se em uma estrutura para disputar eleições e buscar espaços de poder. Além disso, o mesmo não quer romper com a Presidente Dilma e perder sua influencia com a maior força política do Brasil atual, já que permanecendo no PSB, isto teria que ocorrer, pois o partido deixou a base aliada do governo da presidente petista. Logo, quem era 40, agora é 90!

Porém isso não é novidade, isso é apenas uma repetição da velha prática e vícios que acontecem há anos. Podemos elencar vários casos similares a esse ocorrido na nossa querida cidade serrana, por exemplo. Em 1996 o falecido ex-prefeito Quinca Tibúrcio foi eleito pelo nanico PSD – 41, que viria a ser extinto em 2002. Porém em 1999 o Sr. Quinca Tibúrcio migra para PSDB - 45 partido do então governador do Ceará na época Tasso Jereissati. Nesse bloco político estava a atual vereadora Cleuvilândia Menezes PT – 13, que com a chegada do PT ao governo em nível Federal e estadual muda da água pro vinho, digamos assim, e veio a compor lista de filiados deste partido. Em 2004 o Ex-prefeito Raimundo Manduca consegue se eleger pelo nanico PRP – 44 e nele permanece até a fundação do PSD – 55 que já nasce com a quinta maior bancada no congresso nacional fazendo parte da bancada governista do mesmo e na base aliada do Governador Cid Gomes.


E vejam só a grande novidade: em Alcântaras o vereador Zé Rolinha, que estava no PSD -55, agora passa a compor o PROS, aproveitando a janelinha para literalmente se render aos homens que estão hoje no Governo. Ora, pois se filiando a esse partido novo, não correrá o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. Que jogada esperta, heim! Agora, me digam: porque o nobre vereador resolveu ir para a base aliada? Logo, todo mundo sabe, que nenhum político desses "vira" assim, sem mais nem menos, pode ter certeza: tem dinheiro na jogada, e de onde vem essa grana? Aposto que é do bolso do povo! Dinheiro que deveria ser investido na saúde, na educação, na segurança, na infraestrutura, meio ambiente, na nossa quase falecida agricultura, juventude, emprego e renda, enfim. Mas que está sendo usado para fortalecer tão somente os para atender os interesses pessoais daqueles que compõem a base aliada do Governo municipal! No entanto, isso é uma consequência natural de uma lógica política em que o povo em vez de votar pelo programa político-partidário vota visando o próprio interesse, e às vezes até pra se vingar do vizinho. Muitas vezes, ou na grande maioria resolve trocar o voto por algum benefício imediato, dessa forma o vereador ou político eleito se livra da responsabilidade de fazer um mandato representativo dos interesses e anseios populares, dos menos favorecidos, ou seja, dos estudantes, dos trabalhadores do campo e da cidade. 

Assim se vê que a política em Alcântaras feita pelos políticos de plantão tem como meta trabalhar em nome das causas próprias. 
Portanto a população alcantarense deve está atenta a esses fatos, já que a politica no município atende a interesses de grupos minoritários que usam os cargos representativos como meio de vida, como se fossem verdadeiras máquinas de angariar renda, não representam de forma alguma os anseios da população. Priorizando a comunidade apenas em período eleitoral, não porque pretendem construir um programa de governo de base coletiva, mas porque precisam de quantitativos de votos, para manter esse sistema sujo e nojento que acomete a cidade e o seu povo!

sábado, 12 de outubro de 2013

O DOMÍNIO DO CONGRESSO PELO PODER ECONÔMICO



Poder econômico investe no Congresso e pode encolher bancada de trabalhadores

Diap alerta sobre movimentação de empresários, ruralistas, evangélicos e celebridades para ocupar cadeiras no Parlamento; e para o risco de bancada dos trabalhadores encolher


Brasília – Os próximos 12 meses são de observação e cautela por parte dos representantes dos trabalhadores no Legislativo.

Será necessearia uma forte articulação entre partidos e entidades diversas (como os sindicatos), com apoios aos parlamentares que representam os trabalhadores, para que o tamanho dessa bancada não fique cada vez menor na Câmara dos Deputados e no Senado.

As bancadas dos evangélicos e do empresariado se preparam para voltar renovadas e em número bem maior no pleito de 2014.

A partir de avaliações preliminares de um estudo que ainda está sendo elaborado, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) estima que a Câmara nas próximas pode passara por uma renovação só vista anteriormente em 1990, da ordem de 61% dos seus componentes.

No caso do Senado, a renovação também acontecerá, mas não de forma tão expressiva – uma vez que é levado em conta o mandato de oito anos dos senadores.

Esse percentual de mudança da Câmara na próxima legislatura seria decorrente de vários fatores. Um deles é o fato de costumar ser de, em média, três a quatro legislaturas o período de mandatos consecutivos dos parlamentares – e muitos já estão concluindo este período.

Em segundo lugar, porque muitos dos deputados e senadores da atual legislatura que são mais empenhados em defender os trabalhadores foram justamente os que tiveram dificuldades de obter votos suficientes nas últimas eleições, ficando em suplências e assumindo suas vagas depois do afastamento de algum outro parlamentar.

Há, ainda, os deputados que tendem a realizar uma campanha difícil em 2014 e podem não mais voltar – uma vez que não obtiveram boa quantidade de votos nas últimas eleições.

Reforma política

Na avaliação do líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), o diagnóstico do Diap “só realça o quanto é importante uma reforma política e eleitoral no país”.

“Tivemos, nos últimos anos, uma tentativa de fazê-la, mas é difícil a população entender a diferença de uma reforma política, inclusive para que possam ser feitas as outras reformas. Temos um modelo que permite a compra de mandatos, especialmente para o legislativo”, critica o ex-governador do Piauí, com origem no movimento sindical bancário.

“Por conta disso não se valorizam os programas de cada legenda. Esse modelo é autofágico, do ponto de vista dos partidos. Um candidato do mesmo partido cria uma disputa violenta com o seu correligionário e precisa enfrentar, ainda por cima, a distorção do financiamento de empresas que escolhem os parlamentares que vão ajudar a eleger.”

O senador considera que quanto maior o número de parlamentares que forem eleitos pela força do dinheiro, mais esse tipo de procedimento vai influenciar as legislaturas seguintes, caso nenhuma medida venha a ser adotada pelo próprio Legislativo nos próximos anos.

Insatisfação

“Os partidos, interessados nos recursos do fundo partidário e na ampliação da propaganda eleitoral gratuita, ambos calculados com base no desempenho para a Câmara, têm priorizado o recrutamento de quadros e lideranças com o objetivo de aumentar suas bancadas de deputados federais. Além disso, as manifestações de junho e julho de 2013 demonstraram a insatisfação com a atual representação política, cuja imagem está muito negativa”, afirmou o analista político Antonio Carlos Queiroz, do Diap.

Para Queiroz, essa imagem ruim se dá tanto por conta dos escândalos de corrupção, quanto pelo fraco desempenho parlamentar no atendimento da agenda de matérias legislativas a serem votadas.

Além disso, é prática corrente dos principais meios de contribuir, com seu noticiário, para a formação de uma espécie de senso comum negativo sobre a política e os políticos.

Enquanto isso, representantes de grandes bancadas, apoiadas por setores econômicos fortes, como a dos evangélicos, do empresariado e dos ruralistas, preparam-se para voltar ampliadas na próxima legislatura.

Conforme a avaliação de Antonio Carlos Queiroz, se não houver uma grande articulação das entidades sindicais, a bancada que defende os trabalhadores no Legislativo correrá o risco de ficar pequena diante de deputados e senadores menos comprometidos com a questões trabalhistas e causas sociais.

“Essa perspectiva é preocupante”, acentua Queiroz, que acredita que o que mais vai pesar neste cenário é o número de desistências, por parte dos atuais parlamentares, de tentar a recondução ao Congresso.

É que tem sido grande o número de deputados e senadores anunciando que não deverão se candidatar nas próximas eleições, em função do desgaste provocado pelo período de campanha, os altos custos e as incertezas sobre retorno ou não ao Legislativo.

Fazem parte deste último item a líder do PCdoB na Câmara, Manuela d’Ávila (RS) e os deputados Tiririca (PR-SP) e Alexandre Cesar (PT-MT). Tiririca – cuja votação expressiva ajudou a encorpar o quociente eleitoral da coligação da qual o fazia parte também o PT – é lacônico ao dizer que não gostou do parlamento e precisa retomar sua carreira artística.

Já Manuela, almeja uma candidatura a deputada estadual.

Oficialmente, ela explicou que sua intenção é devolver ao seu estado a experiência acumulada nos dois mandatos em Brasília, mas entre pessoas próximas, os comentários são de que a líder do PCdoB estaria cada vez mais decepcionada com o ritmo de trabalho do Congresso, que considera desgastante.

“Está na hora de trabalhar mais no Rio Grande do Sul”, ressalta, quando perguntada sobre o assunto.

O deputado Alexandre Cesar (PT-MT), que assumiu numa vaga como suplente e desde janeiro passado – com a posse do deputado Nilson Santos (PMDB) como prefeito do município mato-grossense de Colíder – tornou-se efetivo no cargo, foi outro a anunciar que não quer mais disputar.

“Pretendo investir na minha carreira acadêmica e no meu escritório de advocacia. Sou procurador de Estado e já tenho dois mandatos no Congresso. Para mim, está bom”, enfatizou.

“Acho que vem por aí, nas próximas eleições, muita celebridade e pessoas ligadas às igrejas, à área de segurança e a setores mais conservadores”, avalia o analista do Diap.

Segundo Queiroz, o esforço de setores da indústria e do empresariado, bem como evangélicos e ruralistas no pleito de 2014 pode vir a ser pesado.

“A cada legislatura esse pessoal vem com maior participação e se os trabalhadores não tiverem clareza disso desde logo, as bancadas sindicais vão sofrer um efeito oposto ao deles”, alerta.

A perspectiva já começa a preocupar os parlamentares dos mais diversos partidos.

“A bancada dos trabalhadores já é muito pequena e se perdermos mais parlamentares na próxima legislatura será o caos. Os sindicatos do Brasil inteiro precisam se articular, as categorias precisam defender candidaturas de nomes importantes dentro do Congresso”, diz o deputado Paulinho (SP), da Força Sindical e criador do recém-fundado partido Solidariedade.

“O que estamos vendo é fruto de como o Brasil tem seguido nos últimos anos, já que o prestígio da política nesse país é cada vez mais desesperador”, ressaltou o senador Pedro Simon (PMDB-RS), cuja primeira legislatura na Casa começou em 1979.

“Aqui temos corrupção no Judiciário, no Executivo, na iniciativa privada, sem falar entre os parlamentares. Não temos notícia de milionário que tenha ido até hoje para a cadeia no Brasil e políticos corruptos que foram condenados mais de 20 vezes, nunca receberam sentença definitiva. Essa situação traz um desencanto com a política para os jovens e para profissionais sérios e renomados que poderiam dar grande contribuição para a vida política brasileira, mas não querem se candidatar a nada”, diz Simon.

Renovações altas

Atualmente, a bancada de representantes dos trabalhadores é formada no Congresso por 91 parlamentares. Destes, 83 são deputados e oito, senadores. Nos últimos anos, a taxa de renovação de parlamentares oscilou entre 43,86% (em 2008) e 44,25% (em 2010), só ficando mais alta anteriormente, nas legislaturas de 1990 (quando a troca de deputados e senadores foi de 61,82%) e de 1994 (quando foi de 54,28%).

Considerada “peso pesado” neste processo, a bancada evangélica anunciou, por meio de seus deputados, que pretende duplicar o número de pastores nas candidaturas a uma vaga na Câmara e Senado.

A perspectiva é do grupo é passar a contar com cerca de 140 parlamentares na próxima legislatura.

Por conta dessa preocupação, os evangélicos têm discutido entre si, nas últimas semanas, formas de evitar que entrem no Congresso, como representantes destas igrejas, deputados e senadores com problemas na Justiça e com a Lei da Ficha Limpa.

O objetivo seria evitar desgastes perante a opinião pública, uma vez que hoje, dentre os 73 parlamentares evangélicos, 23 respondem a algum tipo de processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Também teria pesado, perante a bancada, o fato de um dos seus integrantes ter sido o deputado Natan Donadon (sem partido – RO), que hoje cumpre pena no presido da Papuda (DF) depois de ter sido condenado pelo STF por formação de quadrilha e fraude em licitações no seu estado.

“Estes cuidados estão sendo tomados por eles nas próximas eleições de forma detalhada e imagino que o pessoal não estará para brincadeira em 2014”, avalia o analista legislativo e cientista político Arthur Fernandes.

“Todos os partidos têm buscado, de uma maneira geral, ter evangélicos nos seus quadros, de olho no crescimento destas religiões e no público que despertam”, explica o cientista político Alexandre Ramalho.

De acordo com o senador Pedro Simon, as igrejas que arregimentam líderes para serem candidatos, com raras exceções, “são praticamente entidades comerciais, porque fazem campanha como se estivessem oferecendo um produto”.

Em relação à bancada empresarial, que em 2010 registrou bom crescimento dos seus representantes na Câmara dos Deputados, a perspectiva é de que o número venha a ser ampliado.

A bancada formada pelos empresários reúne, na atual legislatura, 45% do total da Câmara e do Senado e foi aumentada, do período entre 2008-2010 – quando eram 219 seus integrantes – para 273 integrantes na legislatura que vai de 2011 até janeiro de 2015.

Os deputados e senadores desse grupo são donos de grandes, médias ou pequenas empresas, acionistas ou quotistas de conglomerados econômicos, comerciantes.

Com muita disposição e condições, portanto, de arcar com os custos de uma campanha.

Informações de diretórios partidários do PT, PSB e PDT dão conta de que a estimativa de custo que está sendo feita para uma campanha a deputado federal em 2014 é de, em média, R$ 5 milhões para cada deputado federal a ser eleito.

“Está muito difícil montar a chapa para deputado federal hoje”, reclamou o deputado Mário Heringer (PDT-MG), presidente da legenda no seu estado.

Heringer se queixou, principalmente, das composições partidárias que podem vir a beneficiar ou atrapalhar a composição das chapas em cada eleição.

“Os candidatos novatos olham para o tamanho da chapa, veem quem está lá dentro e quando percebem que tem deputados com muito voto preferem tentar a sorte em outro partido. Em geral, seguem para legendas pequenas”, explicou o deputado, ao acentuar que esse tipo de crítica é generalizada.

“A renovação é importante mas acho que se avançarem as representações corporativas e religiosas sobre o parlamento teremos um retrocesso. Se começarmos a corporativar a representação com ruralistas, médicos ou empresários, teremos uma situação complicada no Congresso”, considerou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS).

O deputado federal e atual presidente do PPS, Roberto Freire (PE), por sua vez, considera normal a renovação, embora, a seu ver, possa resultar num período inicial de baixa eficiência no Legislativo.

“O Brasil tem sempre uma média alta de renovação, mesmo que esse percentual varie. Acho normal o processo, mas ruim para o Parlamento, porque com uma mudança grande no número de deputados e senadores, há perda, no primeiro ano de legislatura, de eficiência dos trabalhos. As pessoas que assumem uma vaga como deputados ou senadores pela primeira vez costumam não ser preparadas para a função, normalmente não conhecem o regimento das duas Casas e até que venham a adquirir esse tipo de experiência, precisam de um certo tempo. Já vivenciei essa situação várias vezes e sei que, infelizmente, o processo ocorre dessa forma”, colocou.